Estou aqui. De volta ao blog. Praticamente um ano depois... Sempre as mesmas promessas, sempre quebradas. Acho que quebramos porque não vamos nos machucar por fazê-lo... Meu blog não vai ficar chateado de não ter atenção.
Estou aqui. Voltando para casa. Com o computador no colo, levando trabalho para casa. Algo que não gosto muito de fazer, mas faço...Assim como muitas outras coisas, que a vida nos obriga, não deixa muitas escolhas. Responsabilidades que não queremos para nós, mas a vida e a sociedade empurra, sem podermos dizer “Não!”.
Estou aqui. Há 3 anos e meio no mesmo emprego, no mesmo departamento. Aguentando firmemente. Vejo muitos saindo, mudando, indo embora. Pessoas vem e vão, como em qualquer lugar na vida. E a gente fica. A gente fica? Ou a gente escolhe ficar? Até que ponto podemos controlar nossos caminhos? Quanto nos cabe do poder de decidir para onde ir? Quanto não fazemos por imposição, obrigação, dever, objetivo, meta... escolha? Mas fazemos, pois assim prega o livro de boa conduta que nos é passado pelos pais, pelas professoras, pela sociedade, pelos colegas, pelo chefe do trabalho. Não faço apologia à anarquia, desordem e caos, pois a ordem se tornou necessária em nossas vidas.
Estou aqui. Neste momento da minha vida. Tenho muitas coisas, sou grato a cada uma delas. Algumas consegui por mérito próprio, outras foram presentes, outras ainda obras do acaso (se é que o acaso existe). Mas sempre existe aquela dúvida... E se?
E se eu tivesse escolhido não cursar Letras, fazer um cursinho para tentar outra faculdade no ano seguinte?
E se eu tivesse ido atrás de uma viagem para o exterior?
E se eu continuasse no meu curso no periodo noturno?
E se eu decidisse não ir àquela festa em que conheci a minha namorada?
E se eu decidisse não ir atrás dela depois daquela primeira noite?
E se eu não continuasse a falar com ela quando ela viajou?
E se eu não tivesse tentando entrar no lugar onde trabalho hoje?
E se na outra entrevista que eu fiz, eu tivesse passado?
E se eu tivesse mantido minha idéia do lugar que eu queria trabalhar antes?
E se eu não tivesse sido pacientes nas várias vezes que eu tive que engolir sapo?
E se eu fosse levar a ferro e fogo cada coisa que me falaram?
E se eu resolvesse jogar tudo pro alto?
E se...?
Eu vejo que muito da minha vida hoje gira em torno do que é meu relacionamento. Estava pensando, há 5 anos e meio, conheço minha namorada, há 4 anos (entre idas e vindas) estamos juntos. E sou feliz. Eu consigo ver a sorte e felicidade que eu tenho de tê-la ao meu lado, de ter encontrado uma pessoa tão maravilhosa como ela. Ela não é perfeita, ela tem seus defeitos, imperfeições, inseguranças, mas e dai? Quem não tem? Eu mesmo sou cheio de vícios e defeitos.
Não... este não é um texto para reclamar, apenas divagações mesmo...
E o que eu quero dizer com isso é...
Sempre temos nossas dúvidas, incertezas, conflitos, questionamentos, medos... E acredito que sempre teremos. Todos têm. Até mesmo aquelas pessoas que olhamos e dizemos: “Poxa, esse cara tem fama, dinheiro, uma mulher linda. Ele tem tudo.” Será? Será que mesmo como “tudo” isso, ele se sente satisfeito, ele está feliz. Será que o Brad Pitt traçando a Angelina Jolie é feliz, será que a Angelina Jolie dando pro Brad Pitt é feliz?
Volto à minha pergunta inicial. O que temos feito de nossas vidas? O que podemos fazer das nossas vidas? O que podemos melhorar? Será que dá para mudar o mundo? Será que podemos salvar a humanidade? Vamos para um critério menor, conseguimos mudar nosso país? Nossos políticos? Vamos mais abaixo: Conseguimos consertar nossa vizinhaça? Conseguimos conhecer nossos vizinhos? Uma esfera menor: Será que a gente faz o nosso melhor para ajudar nosa casa? Ajudamos a limpar a cozinha, tirar o cocô do cachorro, fazer nossa cama? Ser educados e pacientes com nossos pais, assim como várias vezes eles foram quando erámos crianças/adolescentes insuportáveis e mimados? E onde chegamos nisso tudo?
Em nós mesmos... Sei que dei uma volta do tamanho do Amazonas e mesmo assim talvez não chegue ao meu ponto. Mas, o que fazemos das nossas vidas? Acabamos nos preocupando tanto com coisas secundárias que deixamos nossa essência de lado. Somos tratados como rôbos, números de série e aceitamos isso. E ao invés de encaminharmos nossa vida para onde queremos, acabando se deixar levando. Nosso barco segue ventos que não escolhemos, que não sopramos.
É um trabalho árduo e duro, que temos que fazer todos dias. Pois o mundo, mais do que de políticos, líderes, revolucionários, depende de nós mesmos. E a mudança tem que ser feita aos poucos, lenta e gradualmente. Cabe a cada um.
Para terminar, vou colocar um videozinho, não é de música. Mas é um vídeo FODA!
Aproveitem!
P.S.: enquanto eu terminava de escrever este texto, percebi qual a minha intenção com o blog é não deixar o meu “lado humano” morrer. Por isso tentarei e escrever com mais frequência, por mim mesmo.
P.S.2: Peço desculpa aos leitores, pois esse texto está mais para frases jogadas do que um texto propriamente dito. Muita coisa ficou solta ai.