segunda-feira, 5 de abril de 2010

(O eterno e humano direito de) Errar.

Erros. O que seriamos deles? Realmente conseguimos aprender com erros alheios? Em minha opinião: Não. Mesmo sabendo o resultado de algumas ações (pois toda ação tem sua reação) estamos dispostos a pagar o preço, mesmo sendo alto demais (e quase sempre é altíssimo o preço). Não adianta o mundo gritar para você: NÃO! Não faça isso! Vai dar errado, você vai se arrepender! NÃO! Temos a mania de grandeza de querer ir adiante, de sempre acharmos que somos invencíveis, até sentirmos o impacto da reação, até batermos de frente contra a parede dos fatos e da verdade (se é que a verdade de fato existe) e sentirmos nossas costas contra o chão e a testa latejando.
Muito se fala de “poder” errar, que depois de um certa idade não se pode mais errar, que tudo tem que dar certo. Mas não, nem tudo TEM que dar certo. A vida não é perfeita. E temos sim que nos dar o luxo de arriscar, de abrir mão, de perder com certeza, de trocar o certo pelo duvidoso, de sofrer, de ter dor [pois pela dor há a transformação, como diz o texto no blog da minha mestra Gizelda (http://gizelda-desassossego.blogspot.com/2010/04/ressurreicao.html)] e também como diz o Bono em Yahweh “Always pain before a child is born” (Sempre há dor antes de uma criança nascer). Mas fugimos da dor, tal qual um queniano corre em direção à linha de chegada na olimpíada (não queria usar tal qual o diabo foge da cruz). Mas não conseguimos, um dia a dor nos alcança e nos pega sem dó nem piedade. E sempre achamos que é o fim do mundo, que não iremos levantar, que estamos dopados pela dor e temos medo também de levantar e sofrer novamente. Como no seriado Everwood foi dito uma vez: "Mantendo-se exatamente igual pelo maior tempo possível, parado, de alguma forma é mais confortável. E se você está sofrendo, pelo menos a dor é familiar...".
E é contraditório ao mesmo tempo, pois enquanto queremos pagar o preço, temos medo da mudança. Você que já está um tempo no emprego que não é o que você quer e continua nele, pois tem contas a pagar, e não pode atrasar. Então você deixa para “um dia” a mudança, mas esse dia sempre parece estar muito longe. Digo isso por mim mesmo, eu sou um “covarde consciente”. Já tive vontade de jogar tudo para cima, colocar roupas em uma mochila e sair andando por ai, conhecendo a América Latina, a Europa, ver a Aurora Boreal, acordar cada dia em um lugar. Mas o medo paralisa, de alguma forma, eu me encaixo no texto do Everwood: a dor já é conhecida. O que precisaria para me fazer mudar? Talvez um abalo na minha felicidade, como colocada no post anterior. Talvez se algo de fato, mudasse minha vida, a primeira coisa que eu faria talvez seja sumir do mapa, um dia acordar em Paris e o outro em Lisboa. Mas continuo aqui, mantenho o “Status-quo”. Tentando fazer o melhor de mim mesmo.
Mas eu também percebo que não sou o único nesse ponto, outros chegam em momentos diferentes da vida e acabam ficando parados, mesmo sabendo que precisariam mudar. Cada um fica no lugar que se sente mais confortável.
Este texto só foi redigido porque neste momento eu passo por várias dúvidas com relação a minha vida (ah! a eterna insatisfação humana).
Os pensamentos continuam aqui, soltos em minha mente, tentando encaixar as peças desse gigante quebra-cabeça.
Deixo vocês com uma das mais belas músicas! Prestem atenção na letra.




Abraços!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Felicidade!

E aqui estou de volta, uma volta para mim mesmo. Como eu disse anteriormente, esse blog é o meu lugar busca humana, encontrar o eu mesmo. E aqui, ouvindo Jason Mraz e James Morrison - Details in the fabric : "If it's a broken part, replace it
If it's a broken arm then brace it
If it's a broken heart then face it"

Neste momento (dia 02 de Abril, 22:18 estou de férias. E estou feliz. Mas não estou feliz só por estar entrando em férias. Lógico que é muito bom você poder descansar, viajar, passear e curtir um tempo sem preocupação. Mas eu vejo que sou feliz por muitas outras coisas. Desde o fato de eu poder acordar todo dia, conseguir levantar com minhas próprias pernas, tomar minhas decisões, poder ir trabalhar, ter saúde, ter um emprego, poder ter meu dinheiro, ter uma família maravailhosa que nunca me deixou faltar as coisas importantes, meus amigos, que sempre me apoiram em momentos que eu estava para cair, eles me ajudaram a levantar e continuar, os momentos gratuitos de risada e diversão, as lições ensinadas com delicadeza e carinho, os momentos de atenção, as história. Sou grato pela minha amada namorada, que é um capítulo lindo, difícil, maravilhoso e marcante em minha vida, como eu já disse antes, se não fosse a presença dela, minha vida teria um rumo totalmente imprevisível. Agradeço também por tudo (físico) que eu tenho, as minhas pequenas alegrias e meus "little pleasures", como disse o Doicheman.
E a felicidade é verdadeira. Plena? Não. Talvez nunca seja (a insatisfação inerente humana jamais permitiria). Mas existe e é verdadeira. E o que eu tenho que tentar é manter esse pensamento constante em mim. Manter as coisas boas e as minhas conquistas em mente, sempre, pois o ser humano é um equilibrio magnífico e delicado, que ao menor sopro da insegurança desaba, desmorona tal qual as torres gêmeas. Sempre temos tanto e sempre achamos que não é o suficiente. Queremos carros do ano, apartamentos maiores, moveis novos, tvs de LCD de 50 polegadas, home theater, o cargo de presidente, a modelo gostosa da tv, o corpo sarado e perfeito. E é uma grande bobagem, pois talvez quando formos presidentes de nossas empresas, com o mais novo apartamento, a Ferrari recém-lançada, a tv de lcd, o corpo sarado, a loira gostosa fazendo sexo com você 7 vezes por semana, talvez o que queriamos seria um dia de descanso, talvez até sozinho, longe de empresa, celulares, loucuras, insanidades, da gostosa, sem carro, só curtindo o sol, olhando nuvens e ouvindo os pássaros.
É uma batalha dura, pois a tristeza e o mau humor são 100 vezes mais contagiantes que a alegria, e que mais se vê são nuvens negras mesmo em um dia ensolarado. Como diria o Bono: "Sky falls and it feels like it's a beautiful day."
E talvez mantendo essa atitude de gratidão, as pessoas consigam manter o lado humano vivo. Pois como agora pouco em uma conversa, a praticidade e a correria do dia-a-dia faz as pessoas se tornarem cada vez mais impacientes, intolerantes e desumanas.
Não quero lutar contra o mundo, nem criar uma revolução, é apenas o meu próprio esforço de não deixar o meu lado humano trancado no calabouço de minha alma.
Quero manter não só a alegria em minha mente, mas outras coisas como cordialidade, paciência, amor, amizade e outras coisas que são cada vez mais deixadas de lado.

Para terminar, fiquem com a muúica que eu mencionei no comeco Jason Mraz e James Morrison - Details in the fabric:






Até a próxima