terça-feira, 4 de maio de 2010

Sem saber...

Meia-noite. Noite fria, a cama convidativa. Repouso meu corpo e me entrego, não ao sono e ao calor das cobertas, mas ao papel e à caneta. O magnetismo das palavras é mais forte sobre as minhas mãos que o sono sobre meus olhos. No momento em que minha mão urge pela escrita, mesmo que indecifrável, urge. Penso em poesia. Penso em sentimento. Penso em vontade. Penso em possibilidade. Penso em ré maior. Penso em sol menor. Palavras me buscam, sou escolhido. Estou nu, nu de máscaras, nu de pressão, eu e eu mesmo, sem saber a hora, sem saber por que. Rebobino o dia em minha mente, ele voa. Avanço ao futuro ao meu bel prazer. Incerto, indeciso. O amanhã vem com certza, escolhendo ou não. O momento se passa, as horas se passam. Chega o ponto de parada. Nosso destino. Ao acaso da caneta do futuro.