Erros. O que seriamos deles? Realmente conseguimos aprender com erros alheios? Em minha opinião: Não. Mesmo sabendo o resultado de algumas ações (pois toda ação tem sua reação) estamos dispostos a pagar o preço, mesmo sendo alto demais (e quase sempre é altíssimo o preço). Não adianta o mundo gritar para você: NÃO! Não faça isso! Vai dar errado, você vai se arrepender! NÃO! Temos a mania de grandeza de querer ir adiante, de sempre acharmos que somos invencíveis, até sentirmos o impacto da reação, até batermos de frente contra a parede dos fatos e da verdade (se é que a verdade de fato existe) e sentirmos nossas costas contra o chão e a testa latejando.
Muito se fala de “poder” errar, que depois de um certa idade não se pode mais errar, que tudo tem que dar certo. Mas não, nem tudo TEM que dar certo. A vida não é perfeita. E temos sim que nos dar o luxo de arriscar, de abrir mão, de perder com certeza, de trocar o certo pelo duvidoso, de sofrer, de ter dor [pois pela dor há a transformação, como diz o texto no blog da minha mestra Gizelda (http://gizelda-desassossego.blogspot.com/2010/04/ressurreicao.html)] e também como diz o Bono em Yahweh “Always pain before a child is born” (Sempre há dor antes de uma criança nascer). Mas fugimos da dor, tal qual um queniano corre em direção à linha de chegada na olimpíada (não queria usar tal qual o diabo foge da cruz). Mas não conseguimos, um dia a dor nos alcança e nos pega sem dó nem piedade. E sempre achamos que é o fim do mundo, que não iremos levantar, que estamos dopados pela dor e temos medo também de levantar e sofrer novamente. Como no seriado Everwood foi dito uma vez: "Mantendo-se exatamente igual pelo maior tempo possível, parado, de alguma forma é mais confortável. E se você está sofrendo, pelo menos a dor é familiar...".
E é contraditório ao mesmo tempo, pois enquanto queremos pagar o preço, temos medo da mudança. Você que já está um tempo no emprego que não é o que você quer e continua nele, pois tem contas a pagar, e não pode atrasar. Então você deixa para “um dia” a mudança, mas esse dia sempre parece estar muito longe. Digo isso por mim mesmo, eu sou um “covarde consciente”. Já tive vontade de jogar tudo para cima, colocar roupas em uma mochila e sair andando por ai, conhecendo a América Latina, a Europa, ver a Aurora Boreal, acordar cada dia em um lugar. Mas o medo paralisa, de alguma forma, eu me encaixo no texto do Everwood: a dor já é conhecida. O que precisaria para me fazer mudar? Talvez um abalo na minha felicidade, como colocada no post anterior. Talvez se algo de fato, mudasse minha vida, a primeira coisa que eu faria talvez seja sumir do mapa, um dia acordar em Paris e o outro em Lisboa. Mas continuo aqui, mantenho o “Status-quo”. Tentando fazer o melhor de mim mesmo.
Mas eu também percebo que não sou o único nesse ponto, outros chegam em momentos diferentes da vida e acabam ficando parados, mesmo sabendo que precisariam mudar. Cada um fica no lugar que se sente mais confortável.
Este texto só foi redigido porque neste momento eu passo por várias dúvidas com relação a minha vida (ah! a eterna insatisfação humana).
Os pensamentos continuam aqui, soltos em minha mente, tentando encaixar as peças desse gigante quebra-cabeça.
Deixo vocês com uma das mais belas músicas! Prestem atenção na letra.
Abraços!
Um comentário:
Vim responder aqui! haha
Concordo com você, atos demonstram muito mais que palavras. Talvez isso de "precisar" das palavras seja uma coisa de mulher...
E eu tô numa fase de que prefiro ter certeza das coisas, portanto, é necessário que as pessoas me digam o que estão pensando, sem que eu tenha que fazer suposições.
Suposições machucam, quando achamos que são mas não são verdadeiras...
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