Nesse dia 1° de Setembro, resolve voltar a escrever. Aproveitando o dia de folga que me dei (sem aula e sem trabalho), com tempo livre, volto a colocar meus pensamentos em palavras escritas. Hoje, para quem quer que leia aqui e não saiba, é a data do meu aniversário. E neste ano de 2010, completo 26 anos. É engraçado pensar em voz alta na idade que se tem, pelo menos para mim. Às vezes (na maioria delas) eu não sinto a idade que tenho, e acho que sempre foi assim para mim. E também nunca quis ter outra idade. Lógico que sempre temos nossas ansiedades, curiosidades, vontades, que muitas vezes não podemos saciar por causa da idade, principalmente antes de completarmos 18 anos. Porém, eu nunca quis adiantar minha idade. Voltar sim, mas muito mais por nostalgia e saudosismo que qualquer outro motivo.
Quando eu pensei em escrever um post sobre o dia de hoje, pensei em fazer algo parecido com aquele texto do Shakeaspeare: “Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.” (quem quiser ler o resto, pode ir nesse link) Porém, quando comecei a escrever, resolvi fazer assim, acaba sendo mais natural, mais “eu mesmo”. Um motivo que me fez pensar em escrever assim, foi por pensar pelas coisas que já passei, pelas batalhas que tive, pelas vitórias que conquistei, pelas derrotas que tive, pelos risos, pelas lágrimas, pelos tombos, pelos exitos. Quando você começa a lembrar, é tanta coisa, que nem se sabe por onde começar. Geralmente voltamos do momento que estamos agora para trás. Não quero colocar fatos específicos, apenas rememorar em minha cabeça mesmo. E na tentativa de fazer o oposto, volto à Rua Manoel Onha em São Paulo. Metade da minha vida até agora, foi vivido lá. Quando eu tento lembrar, certas coisas vêm só depois de ter um pouco mais de idade. Até lembro de certas coisas da pré-éscola, porém, as lembranças mais fortes e marcantes são pós quarta série. Talvez pelas amizades mesmo, o que me faz pensar que o que faz as lembranças são as pessoas e não os acontecimentos em si. Lógico que tive momentos só meus que são guardados em minha memória, como um tesouro precioso, mas grande parte das memórias envolvem pessoas. Pais, irmãos, tios, avós, primos, amigos, professores, colegas, pessoas com quem tive contato apenas um dia, pessoas que nunca mais vi na vida (imagino se por acaso, elas também lembram de mim). Talvez seja como diz o final de “Na natureza selvagem”: “Alegria só é verdadeira quando se é compartilhada” (provavelmente o texto está errado, mas essa é a essência).
Acabei de apagar o começo de um parágrafo, pois minha intenção não é escrever uma biografia. É muito difícil quando se fala de passado não falar de lugares específicos ou fatos. Neste momento em que tento conciliar a escrita com a memória, viajo no tempo (acho que a verdadeira máquina do tempo é nosso próprio cérebro, podemos voltarmos, e muitas vezes voltamos sem querer, a qualquer momento de nossas vidas, podemos avançar e tentar descobrir o que será o amanhã). Passo por vários lugares. Minha primeira casa antes da reforma, minha escola “Pequeno ser”, minha casa depois da reforma, a escola que conheci 2 de meus maiores e melhores amigos, a chácara que passava vários fins-de-semanas com a família, a casa em Vinhedo, a escola onde fiz o ensino médio, o apartamento de um outro grande amigo que fiz, a escola de inglês, a viagem de formatura, as idas e vindas para São Paulo, a faculdade, o ônibus fretado que ia para a faculdade, a casa de um outro grande amigo que fiz na época da faculdade, o centro de Campinas, algumas das poucas vezes que saí à noite, uma específica vez, na qual conheci quem está sendo mais importante em minha vida agora, o apartamento onde ela morava na época, depois a casa que ela morou, e por último o apartamento na qual também moro agora, na emprese onde tenho trabalhado e também conheci outros amigos e agora penso também na faculdade que faço agora, por enquanto pouco aconteceu, mas tenho certeza que nos próximos anos, será mais um dos lugares que lembrarei com carinho e farão parte da minha vida.
Como disse antes, minha intenção era fazer um texto colocando as coisas que aprendi, porém, acho que assim está bom, já estou ficando nostálgico de novo. São tantas coisas que acontecem e passam em nossas vidas, tantos momentos, tantas histórias, tantos filmes, tantas músicas, tantos jogos, tantos desafios, tantos tesouros, tantos medos, tanta coisa... Eu não gosto de ficar genérico assim, mas é isso ou uma biografia. Para terminar, acho que eu queria agradecer a cada segundo, cada pensamento, cada fato, tudo que me trouxe até esse momento hoje e a essas palavras que me trazem lágrimas de emoção agora. Não mencionei nomes, porém, cada um que ler aqui, saiba que você está incluso nessa história, que para mim, é maravilhosa! Que a vida me traga muitos outros 26 anos mais!
P.S.: Ao pensar em uma música, várias vieram como opção. Vou colocar uma que é diz algo muito para mim. Já até coloquei, porém, coloco novamente, já que merece.
2 comentários:
Happiness only real when shared. É, é essa a frase. E é o que tambem tenho percebido ultimamente (com meus delírios de loteria e falta de sentido continuo em existência), o que fica não são os lugares, não são as coisas... São os momentos partilhados. A felicidade que você viveu ao lado de alguém. Você só tem 26 anos (e eu só 19, enfim) e a gente já se dói em nostalgia, porque é bom. E criar vivências vai gerar mais nostalgia no futuro, mas são coisas que poderemos nos apoiar. É o que gera a noção de realidade, a vivência.
Sei lá, já estou falando merda.
Parabéns, muitos anos de vida.
Lembra de quando você jogou meu Pikachu de pelúcia na piscina e depois me deu seu dragonite do guaraná antartica para me consolar? ahuauhahuahu
É tanta coisa que a gente vai acumulando, não?
É, é gostoso esse exercício. :3
Feliz aniversário dudinho!
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